Como quase todas as religiões, o Budismo
não é um bloco monolítico. Ao longo da sua milenária história, diversas escolas foram surgindo. A diferença do Cristianismo, não existe o equivalente à figura papal, sendo a principal autoridade religiosa os textos sagrados (os sermões de Buda ou Sutras). Pouco depois da morte de Buda surgiu o primeiro cisma budista.
«Quisesse ser uma medicina para o doente, um curador e um servidor até que a doença não volte jamais;
Quisesse apagar com chuvas de alimentos e bebidas a ansiedade do faminto e do sedento;
Quisesse ser a bebida e a carne na fome do fim dos séculos;
Quisesse converter-me num inesgotável coleta de provisões para os pobres e poder satisfazer
as suas necessidades com uma variedade de coisas
Cedo com indiferença o meu próprio ser e os meus prazeres
Toda a minha retitude do passado, o presente e o futuro
para que não fique criatura sem poder superar todos as barreiras até o seu fim» Shantideva
As três principais escolas budistas são (cifras segundo Adherents.com).
1- O budismo Mahayana (a grande via).
Com quase 185 milhões de adeptos, 56% do total de budistas. No Mahayana inclui-se o budismo ZEN
Figura central: Bodhisattva
Atualmente o budismo Mahayana tem uma forte presença na China, no Tibete, no Japão, na Coreia, no Vietname, em Singapura e em Taiwan
Uma das mais importantes escolas Mahayana é a «Seita da Terra Pura»
O budismo ZEN (Ch'an) carateriza-se pela influência Taoista.
O Zen pertence à escola Mahayana, e a tradução seria «A meditação»
O budismo Zen é
quiçá é que mais influiu no Ocidente
A sua visão baseia-se no chamado «sermão da Flor de Buda»
2- O budismo Teravada.
O Hinayana, a «via menor»
Com uns 124 milhões (38%)
Figura central: Arhat
Os principais países Teravada são Sri Lanka, Birmânia, o Laos, a Tailândia e o Camboja
«Fazemos dano pela nossa conta, Agüentamos a dor pela nossa conta, Abandonamos o mal pela nossa conta, Voltamo-nos charutos pela nossa conta.
Ninguém nos salva senão nós mesmos, Ninguém é capaz e ninguém pode.
Devemos percorrer o Caminho pela nossa conta: os Budas só o assinalam»
3- O budismo vajrayana.
Com 20 milhões de adeptos (6%). Presente no Tibete, no Butão, no norte da Índia, no Nepal, no sudoeste da China e na Mongólia.
O conceito de Arhant / Bodhisattva varia na cada escola budista, e quiçá
seja uma das principais causas que justifiquem a divisão entre o budismo Mahayana e o Teravada.
Para os budistas Teravada, a salvação é exclusiva da pessoa, é uma meta
espiritual individual, é reservada aos Arhants
Os budistas Mahayana criticam esta visão egoísta e centrada num indivíduo, para eles a salvação deve beneficiar à humanidade, assim falam do Bodhisattva quem ao estar a ponto de atingir a iluminação, renúncia a esta, permanecendo no ciclo infinito de renascenças para salvar à humanidade
Para um budista Mahayana, Buda é o salvador do mundo e o líder espiritual da humanidade.