Comércio Internacional e Meio ambienteO comércio internacional e Meio ambiente. Marketing Ecológico
Os objetivos da unidade:
Comércio internacional e Meio ambiente: A globalização significou, entre outras coisas, um imparável crescimento do comércio exterior mundial. Mas é óbvio que este crescimento há de ser ante tudo sustentável, há de permitir um desenvolvimento económico e social mas respeitando o meio ambiente. Talvez já não basta com deter a deterioração ambiental mas é preciso investir este processo. A qualidade ambiental implica a compatibilidade entre o desenvolvimento económico e a proteção do meio ambiente. Este desenvolvimento sustentável implica a aplicação das novas tecnologias, uso racional de matérias-primas e energia, otimizar os processos logísticos e de distribuição, etc. Mas também implica que as empresas exportadoras, e portanto os diretores de exportação, incluam nas suas estratégias de internacionalização e os seus planos de marketing a componente meio ambiental. Há uns anos o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) introduziu o conceito de «bens públicos mundiais», entre eles a paz mundial, a sanidade mundial, e precisamente o meio ambiente. Praticamente todos os organismos internacionais (Organização Mundial do Comércio, o BM, UE...) têm políticas meio ambientais relacionadas ao comércio internacional. O Programa de Doha para o Desenvolvimento da Organização Mundial do Comércio compreende negociações sobre o comércio exterior e o meio ambiente. Em um discurso pronunciado pelo ex-Diretor-General Pascal Lamy advertiu que o fracasso das negociações de Doha «fortaleceria a posição de que sustentam que não deve-se colocar controlo ao crescimento económico» passando por alto os efeitos para o meio ambiente. Destacou que «O comércio exterior, e mais ainda a OMC, devem contribuir à realização de um desenvolvimento sustentável». A Declaração de Doha procura também, a eliminação das barreiras técnicas tarifárias e não tarifárias aos produtos e os serviços ecológicos. Cada vez mais, o número de consumidores que demandam produtos e os serviços ecológicos é maior. Este segmento demanda produtos e os serviços que sejam respeitosos com o meio ambiente, por isso a componente ecológica será fundamental nos seus critérios de decisão de compra. Em alguns casos, inclusive vai ser disposto a pagar um Preço algo maior que um produto «não ecológico». As empresas são conscientes disso, e além de motivos estratégicos (responsabilidade social corporativa), começam a incluir a componente «ecológica» nos seus planos de marketing. Este novo enfoque do marketing ecológico também é conhecido como «ecomarketing», marketing sustentável, marketing verde... Como chamemos a este marketing é o menos importante, o importante é ser conscientes da necessidade de incluir esta componente «verde» na estratégia de internacionalização. A empresa pode desenvolver esta nova estratégia em duas linhas:
Estas duas novas componentes podem afetar às diferentes variáveis do marketing internacional. Se o marketing «tradicional» buscava satisfazer as necessidades dos clientes cumprindo com os objetivos da empresa, agora além disso, deverão consegui-lo aplicando políticas de proteção do meio ambiente. A empresa ao aplicar estratégias de marketing ecológico pode estar criando novas barreiras da entrada, reforçando suas vantagens competitivas, etc. E definitivamente, acrescentando valor aos seus grupos de interesse. |